LuIvanike

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terça-feira, 24 de abril de 2007

Essa queria muito que algumas pessoas lêssem...


Educação
É a cara do pai, mas a alma não!

Existem citações que buscam algo que possa documentar uma previsão futura. Fazem alusão à continuidade, à repetição. Mas será que os filhos devem ser semelhantes aos pais ou seguirem um ideal paterno?
Estas inferências que por vezes podem deixar os recém papais assustados, denotam exatamente o quanto mascaramos a realidade dos fatos e idealizamos um formato que se assemelhe ao que gostaríamos que nossos filhos fossem. Quem dera um Certificado de Garantia, com satisfação garantida, que nos comprovasse um ideal, veiculado no projeto de ter um filho.
Nossos filhos não merecem que os coloquemos neste lugar, fruto de nossas idealizações. Corremos um risco constante de uma atrofia permanente, em contraponto com a soltura para desbravamento de suas próprias necessidades, pois o seu querer será vítima dos desejos idealizados pelos pais.
Atrofiar um filho significa não propiciá-lo o assinar seu próprio texto no curso da vida.
Então, certificar-se do quê? Que certeza temos de nossos próprios atos já que também são frutos de nossas manifestações inconscientes e que, portanto, "somos" ao sabor do que não pensamos ser. E não há lugar para troca. O produto é este e é o que nos cabe. O que devemos cuidar é de tratá-lo ou reconhecê-lo como sendo aquilo que de melhor pôde ser aproveitado de nossos próprios pais. É interessante, então, nos certificarmos sim, do quanto estamos tentando passar aos nossos filhos as informações passíveis de serem aproveitadas por eles próprios. E não há garantias de um possível sucesso nesta empreitada que cabe aos filhos realizarem. Antes mesmo, não está em questão o sucesso ou insucesso, o certo ou errado, o bonito ou feio. O que importa é a tarefa de abastecer a alma, é o ato de busca, avesso da atrofia.
A busca por perpetuar a continuidade das aspirações alucinatórias dos pais, resvala para um certo não aprimoramento das melhores condições de vida dos filhos.
As respostas dadas pelos filhos podem corresponder a idealizações de pais que preencheram ou não os seus propósitos.


Luiz Antonio Viegas

Psicanalista
Deveria ter achado este texto antes... Como me irrita frases do tipo: "Igual ao pai...", "Já sei a quem puxou..."
Quantas vezes falei que a Daniela tem personalidade própria, não é igual a ninguém... Até roupas do pai queriam que ela usasse (uma camisetinha com a foto do pai dela com 3 anos - tem cabimento?)!






Depois volto para continuar o post anterior!!!!






Beijos



Lu

2 comentários:

Ana Laura disse...

Lu, O bloguinho de Davi e Bruno está em novo endereço: http://daviebruno.zip.net. Dê uma passadinha lá, mas o bloguinho antigo continuará no ar.
Bem, bastante interessante esse texto, porque hoje mesmo Davi estava fazendo birra na hora do almoço, aliás, todos os dias na hora do almoço ele resolve fazer escândalo, antes eu ficava gritando com ele igual louca, agora resolvi deixá-lo fazendo show, uma hora ele para, aí o pai dele hoje perguntou à mim: "Vc era assim quando era pequena? Porque eu era muito calmo, sempre fui tranquilo? A quem esse menino puxou?" Então eu respondi: Nós todos parecemos um pouco com o pai e com a mãe, mas também temos características próprias que não são herdadas de ninguém. Este texto veio ilustrar esse meu momento de hoje.
OBS: Visite nosso novo cantinho, viu Lu? Beijos!

Ana Laura disse...

Luzinha, vc nos linkou? Muito obrigadaaaaa! Beijos!