LuIvanike

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

"Escola antes dos 3 anos é um erro"

A frase título deste post foi retirada da revista Isto É de 12 de novembro de 2007 de uma entrevista com Steve Biddulph , escritor (Criando Meninos, O Segredo das Crianças Felizes, Momentos Mágicos com Seus Filhos...). Na entrevista ele afirma que a idade "quase" ideal para as crianças começarem a frequentar a escola é aos 3 anos (e três vezes na semana). As argumentações dele foram tão bem colocadas que agora estou com um sentimento horrível de culpa por expor a DAniela a tantos futuros problemas. Reproduzirei algumas frases da entrevista, e para quem tiver acesso, fica aí a dica de leitura. Não procurei, mas talvez no site tenha na íntegra!

- Até os 3 anos de idade da criança, é a família que tem condições de interagir com ela para um bom desenvolvimento cerebral. Ou seja, com intensidade e sintonia. É assim que o bebê aprende a se aproximar e criar empatia - e adquire o que chamamos mais tarde de "inteligência emocional".
- Estudos sobre estresse e níveis de cortisol no sangue mostraram que bebês na fase de aprender a amdar sofrem o dobro de estresse quando são separados da mãe e inseridos numa creche.
... Crianças que aparentavam estar bem, na verdade, permaneciam estressadas - elas aprenderam a esconder a emoção e a lidar com ela. Desenvolvimento infantil é isso: a coisa certa na hora certa.
- ...Foi descoberto um fator triplo: as muito novas que vão à creche com frequência e passam muitas horas ali se tornam agressivas, anciosas e desobedientes. E perdem o vínculo com a mãe.
- ...O que se aprende nos primeiros anos de vida é a socialização: como confiar, se sentir seguro e ser alegre. Ali as crianças são tratadas como grupo e não podem ser amadas ou cuidadas individualmente. Estudos com gravações em vídeos mostram que bebês nesta situação acabam desistindo de pedir atenção e tornam-se depressivos. Ficam quietos e acabam sendo considerados bons bebês.
- Amor tem a ver com tempo. A pressa é inimiga do amor, porque corrói e destrói.

É isso aí. Vou pensar mais um pouco sobre o assunto e depois posto comentários.
Beijokas

7 comentários:

E.R.L. disse...

Pois é... detesto coisas 8 ou 80...afinal sou pisciana! eu li o criando meninos e fiquei arrpiada! mas primeiro que não condiz com a nossa realidade, de mães que tem que tocar seu próprio barco, o que no final das contas dá uma super referência feminina bacana de mulher (n mais a exclusiva dona de casa)...

e outra que eu sempre penso que o tempo que estamos com eles em casa pode compensar tudo...
tem tanta gente com os filhos em casa e mal pára para brincar com eles...
e eu sei que não é esse teu caso!

além disso eu acho importante sim a criança estar no meio de outras e socializar, eu quando tinha quase dois anos minha mãe me conta qu eu era LOUCA por criança, e aí ela acabou me colocando no maternal...

bom, não sei... fora que tem escolas e escolas... a professora da lorena da trilhas do ano passado abraçava as crianças e rolava na areia com elas! poxa vida, não é o máximo?

eu até entendo o pq ue ele escreveu isso, mas acho que a gente não precisa se alarmar... 2009 eu tô colocando o Leon na escola e é isso aí...

BEIJOCAS e fim de semana vamos bater um papo com são pedro pra continuar assim!

Ana Laura disse...

Olha, o que eu ia escrever a e.r.l. disse tudo. Essas coisas radicais demais não condizem com nossa realidade. Imagine, uma mãe provedora do lar, que não tem outra opção na vida,a não ser deixar seus filhos em escolinhas para poder trabalhar, e de repente se depara com uma leitura dessas? Acho sim, que as colocações do autor foram válidas. Mas, por exemplo, na Inglaterra vc tem escolas com opções de deixar seu filho apenas 3 dias por semana, aqui no Brasil, pelo menos que eu saiba, o sistema não funciona assim. Então, como a e.r.l. disse, o fundamental é a qualidade do tempo q se passa com o filho, pq muitas mães estão integralmente dentro de casa e não dispensam uma hora do dia para estarem "de fato" com seus filhos, relegam isso às babás. Então, amiga, não se sinta culpada pelo fato da Dani está na escolinha, pq a gente percebe a atenção, o amor e o cuidado que vc tem com ela. Outra coisa, esses autores às vezes são bastante radicais, eu comprei o livro "Aprenda a fazer seu filho trocar o Não, pelo Sim", menina, se vc visse. No livro nós mães temos que ser santas, surdas e mudas para aceitar tudo o que os filhos fazem. Parece até q os autores do livro não tem filho, tamanha a desconexão com a realidade. Beijos, amiga! Saudades!

Elisa disse...

É isso aí Lu! as meninas comentaram muito bem o seu post. É lógivo que se pudéssemos ficaríamos o tempo todo com nossos filhos, mas isso não mais condiz com a nossa realizadade. Sem falar que o tempo que nos resta para ficarmos com eles é muito bem aproveitado, cheio de carinho, de atenção, de colo, do mais puro amor... é nisso que devemos nos ater.
Abraço bem forte!

samegui disse...

Lu, eu também li esta entrevista, mas na Época. Vou postar também e comentar o que li aqui no seu blog.
Enfim, o que fazer? Impossivel acertarmos em tudo. É ir acertando conforme enxergamos o que está desandando.
Beijos e eu estava com saudade de passar aqui!
Sam

Ana Laura disse...

Amiga, citei teu nome numa "brincadeirinha" lá no blog dos meninos. O post é o de ontem (26/11). Beijocasssssss!!!

Anônimo disse...

Oi, meu nome é Dea, tenho um filho de seis meses e venho brigando com o sistema para ficar com ele esse tempo. Amamentá-lo como o Ministério da Saúde e os médicos, e os sites recomendam. Sei que ainda vou brigar muito com o sistema para dar o melhor ao meu pequeno. Acho que estão todas certas, mas um lado inconformado fica apintando no meu ouvido dizendo que é o sistema que tem que se adeqüar à realidade ideal. Porque não temos escolas que dão opção de três vezes por semana no Brasil? Porque a licença maternidade não é obrigatória para seis meses, pelo menos?
Eu concordo que a fase ideal de ir para a escola é três anos, quando a socialização começa. Mas como cumprir isso se o sistemas e as pessoas que o integram não colaboram?
Eu optei por ficar mais em casa e estou procurando construir uma realidade de trabalho alternativa, pescando e caçando aqui e ali, priorizando meus gastos... acho que vale a pena. Procuro fazer a minha parte ao nadar contra a correnteza e ao mesmo tempo aproveitando-a da forma mais inteligente possível. Dessa forma, penso ou ao menos tento, ser uma boa referência feminina e ser presente, como acredito.

Unknown disse...

Vejam, amadas,

Eu li a entrevista com o Steve na íntegra e sugiro que todas façam o mesmo antes de tirar qualquer conclusão.

É preciso ressaltar que ele menciona os casos em que existe a necessidade financeira de a mãe trabalhar. E, para esses casos, ele dá até algumas dicas de como fazer isso da melhor maneira.

Precisamos de mais maturidade para ler livros como esse, com argumentos baseados em estudos. Com certeza levou tempo e trabalho.

Enfim, o fato é que nos justificarmos e procurarmos argumentos que nos tranquilizem não mudam fatos e constatações científicas.

A nossa reação diante de situações como essas deve ser de alerta e reflexão, e não de defesa consequente do medo por não haver possibilidade de mudarmos a realidade diária em que vivemos.

Concluindo, admiro o autor e suas obras e, eu, pessoalmente, tomei a decisão de adiar a volta ao trabalho depois da leitura. Ressalte-se que tenho condições para fazer isso e, se não houvesse saída, seria obrigada a deixar minha filha de 1 ano e 4 meses na escolinha, mas jamais me gabaria por isso.

Beijos à todas!